quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Apostila Fundamentos da Psicopedagogia

Olá para todos,
Adicionei ao blog a apostila Fundamentos da Psicopedagogia disponibilizando o conteúdo ministrado no primeiro módulo da turma de Psicopedagogia Institucional e Clínica pelo Instituto Saber em parceria com o SindiGoiânia.

Fundamentos da Psicopedagogia

domingo, 29 de novembro de 2009

MUDANDO DE ASSUNTO

Iniciei ontem a ministrar o curso de capacitação com  o tema "Violência na Escola", no SindiGoiânia. Como é um assunto extremamente relevante na contemporaneidade, as referências bibliográficas foram abundantes e inúmeros exemplos de violência foram encontrados nos mais diversos meios de comunicação.
É percebido que após a década de 60 a questão dos limites e do papel desempenhado pelas autoridades, quer sejam pais, professores ou qualquer que se coloque neste papel, foi  colocada em xeque.
"É proibido proibir" foi o slogan desse momento. Com toda certeza podemos apontar várias contribuições desse momento histórico-social, porém não devemos e nem podemos fechar os olhos para os efeitos colaterais.
A atual crise de autoridade na família e na escola podem ser consideradas como consequências desse movimento.
A família, núcleo primordial de educação, tem vindo dissimuladamente a delegar esse papel para a escola, dado que é no contexto educativo que as crianças passam a maior parte do dia. Todavia, nenhuma outra instituição poderá jamais substituir as condições educativas da família, nem parece ser razoável que seja unicamente a escola a ensinar valores tão necessários para o normal desenvolvimento da criança tais como: a democracia, as regras para a sã convivência, o respeito pelo outro, a solidariedade, a tolerância, o esforço pessoal.
Nada mais justo do que as instituições promoverem discussões, como neste curso de capacitação, onde os profissionais que atuam em instituições de ensino, assistentes sociais,psicólogos desvelem suas práticas e possam refletir sobre formas de diagnóstico e intervenções efetivas acerca da violência,  pois além de serem profissionais desempenham também o papel de pais. 

Que notas são essas?


Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

"Todo mundo  'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos  filhos...  

Quando é que 'pensarão'  em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


 Passe adiante!
 Precisamos começar JÁ!
 
Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos,  inclusive em respeitar o planeta onde vive...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Primeiros passos


Ler e refletir sobre psicologia pode nos abrir portas que muitas vezes nos são ocultas a um primeiro olhar.
O contato de alguns anos com teorias, professores, profissionais de psicologia/psicopedagogia e alunos de psicopedagogia tem sido um constante desafio, levando-me a analisar e procurar resposta, num processo contínuo de mudança e
desenvolvimento pessoal.
Acredito que nada melhor para aprofundar ainda mais na ciência da Psicologia do que escrever sobre as teorias, e como cada grande teórico isolou e esclareceu certos aspectos particulares da natureza humana.
A proposta deste blog é a trazer teorias, textos e vídeos sobre psicologia e psicopedagogia no intuito de despertar discussões e auxiliar profissionais e estudantes nesta constante busca pelo conhecimento psicológico.

Contribuições da Neurociências para a aprendizagem

     A Neurociência é e será um poderoso auxiliar na compreensão do que é comum a todos os cérebros e poderá nos próximos anos dar respostas confiáveis a importantes questões sobre a aprendizagem humana, pode-se através do conhecimento de novas descobertas da Neurociência, utilizá-la na nossa prática educativa. A imaginação, os sentidos, o humor, a emoção, o medo, o sono, a memória são alguns dos temas abordados e relacionados com o aprendizado e a motivação. A aproximação entre as neurociências e a pedagogia é uma contribuição valiosa para o professor.
     O foco da educação tem sido o conhecimento a ser ensinado de maneira mecânica e igual a todos os alunos, sem a devida atenção à individualidade, numa demonstração de total falta de consciência da força que possuem os modelos mentais e da influência que eles exercem sobre o comportamento. Por sua vez os alunos, acostumados a perceber o mundo a partir da visão do docente, aceitam passivamente essa proposta pedagógica, desempenhando um papel de receptor de informações, as quais nem sempre são compreendidas e geram conhecimento. Muitas pesquisas no campo educativo apontam o professor como um dos principais protagonistas da educação .
    
É fundamental que professores estimulem individualmente a inteligência das crianças, empregando técnicas que permitam a cada aluno aprender da maneira que é melhor para ele, aumentando sua motivação para o aprendizado, pois cada pessoa tem de encontrar seu próprio caminho, já que não existe um único para todos . Considerando que alunos diferentes lembram e integram informações com diferentes modalidades sensoriais, analisar como as pessoas se relacionam, atuam e solucionam problemas, identificar os estilos específicos da aprendizagem, torna-se bastante útil .
     No cérebro humano existem aproximadamente cem bilhões de neurônios (unidade básica que processa a informação no cérebro) e, cada um destes pode se conectar a milhares de outros, fazendo com que os sinais de informação fluam maciçamente em várias direções simultaneamente, as chamadas conexões neurais ou sinapses
Se os estados mentais são provenientes de padrões de atividade neural, então a aprendizagem é alcançada através da estimulação das conexões neurais, podendo ser fortalecida ou não, dependendo da qualidade da intervenção pedagógica.
      O estudo dos processos de aprendizagem e de todos os fatores que os influenciam, constitui um dos maiores desafios para a educação, pois ao entendê-lo e explicitá-lo, ocorre o desenvolvimento do sujeito dentro do contexto sócio-histórico, e é através dele que se forja a personalidade e a racionalidade humana para que o indivíduo esteja apto a exercer sua função social.
A plasticidade cerebral, ou seja, o conhecimento de que o cérebro continua a desenvolver-se, a aprender e a mudar, até à senilidade ou à morte também altera nossa visão de aprendizagem e educação. Ela nos faz rever o fracasso e as dificuldades de aprendizagem, pois existem inúmeras possibilidades de aprendizagem para o ser humano, do nascimento até a morte.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Aprendizagem significativa

Os últimos 20 anos registraram um avanço importante na compreensão dos mecanismos biológicos da memória,entendida como a aquisição,a conservação e a evocação de informações. A aquisição corresponde ao  que denominamos habitualmente de aprendizado.Para ter algo de que lembrar,é preciso primeiro aprendê-lo.Só nos lembramos daquilo que aprendemos. As informações que se aprendem e não se perdem no processo consolidam-se, formando memórias.
Como aprendemos? Certamente, de diversas maneiras. Os mecanismos através dos quais aprendemos a fugir de uma ameaça e aqueles que utilizamos para aprender a amar, aprender um poema ou um percurso determinado são, sem dúvida, diferentes. No entanto, todos têm em comum o fato de que só se aprende por associação. Isso se discutia anos atrás, porém hoje já nao mais.
O contexto em que ocorre cada aprendizado é de importância crucial.Esse contexto inclui uma grande quantidade de fatores moduladores, que no últimos anos  a pesquisa demonstrou com clareza que influem diretamente sobre aquilo que adquirimos em relação à formação de memórias. Um certo nível de alerta, pode-se dizer até que um certo graude ansiedade, é necessário para aprender, para fazer memórias.
Os professores devem saber criar uma ansiedade benigna, gratificante,por aquilo que querem ensinar.
O mundo está cheio de oportunidades para a produção de memórias, e muitos fatores podem interferir nos  mecanismos da persistência e da evocação. Os professores devem utilizar os novos conhecimentos provenientes da neurociência e da psicologia a fim de melhorarmos o ensino.

Como o cérebro funciona para aprender

     Através da História, vários pesquisadores se perguntavam como o homem aprendia e como o cérero funcionava para aprender. Os egípcios guardavam em vasos as víceras e jogavam o cérebro fora, pois não tinha serventia. Os assírios acreditavam que o centro do pensamento estava no fígado. Para Aristóteles, o cérebro só servia para resfriar o sangue e definia o homem como um "animal social".
     Então, Hipócrates surge com a demonstração de que o cérebro se dividia em dois hemisférios e que neles estavam todas as funções biológicas e da mente.Surge a Medicina Moderna. Mais tarde, chegou-se ao Paradigma do Cérebro - estariam dissociados e agora não mais: integram-se dinamicamente, constituindo o sistema funcional do ser Humanos em ação para aprender, interagir e se relacionar com o meio que o cerca.
     A necessidade de conhecimento sobre o sistema nervoso cresceu nas últimas décadas. Esta demanda levou a OMS a eleger os anos 90 como a Década do Cérebro.
      Muitas vezes,comparamos alguns estudantes e nos perguntamos por que uns aprendem e outros têm determinadas dificuldades em compreender a aula. Em algumas situações, discriminamos até mesmo suas inteligências, medindo e mensurando por meio de conceitos e notas, a fim de utilizar-se como medida da aprendizagem no desempenho escolar.
     É importante pensar maneiras de desenvolver inteligências e potencialidades das habilidades múltiplas, por meio do conhecimentode como o cérebro funciona em suas diferentes dimensões biológicas, psicológicas, sociais e ambientais no contexto da aprendizagem. O importante de tudo é que homens e mulheres apendem na complexa e na dinâmica das relações humanas.